Ninguém
Em matéria de direitos fundamentais, não pode haver meias palavras nem meias tintas. Como escrevi neste mesmo blogue em Maio de 2009, quando o então cabeça de lista do PS às eleições europeias foi alvo de agressões inaceitáveis por parte de quem reclama todos os direitos para si sem conceder nada aos restantes: ninguém é dono da rua. Tal como ninguém tem o monopólio da palavra. Nem ninguém pode apropriar-se de símbolos da liberdade - incluindo a Grândola e os cravos - para caucionar actos que restringem e condicionam as liberdades.
No longo e louvável catálogo de direitos fundamentais, há um que simplesmente não existe: o de condenar os outros ao silêncio.