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Delito de Opinião

O insulto

João Campos, 14.02.13

O célebre post de Francisco José Viegas que anda a correr os jornais e as redes sociais é sintomático, sim, mas não de uma qualquer má educação. Vamos lá ver: em Portugal, a quem é que ocorre dizer "vá tomar no cu" no dia-a-dia? Nenhum adepto manda o árbitro "ir tomar no cu" quando o pénalti claríssimo ficou por assinalar. Nenhum cidadão manda um Ministro das Finanças "ir tomar no cu" quando os impostos aumentam. Nenhuma pessoa normal - excepto Francisco José Viegas, pelos vistos -, em situação alguma, mandaria outra pessoa ir "tomar no cu". Note-se como até no insulto os nossos políticos - ou, no caso, ex-políticos - vivem desligados do país real e dos cidadãos. 

 

De resto, convenhamos que como insulto a expressão utilizada é incomparavelmente mais ridícula para quem a profere do que insultuosa para o eventual destinatário. "Tomar no cu"? A sério? Já chegámos a este ponto? Já nem insultar sabemos? 

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