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Delito de Opinião

Non habemus Papam

Pedro Correia, 11.02.13

 

Vi, ao vivo, três Papas. Paulo VI em Roma (1978), João Paulo II em Lisboa (1982), Bento XVI também em Lisboa (2010). Sempre associados a um magistério que só terminaria com o desaparecimento físico de qualquer deles. Nunca imaginei que fizesse sentido a expressão "Papa demissionário".

Já faz, desde esta manhã.

Num tempo em que qualquer irrelevância se torna manchete, eis-nos perante uma verdadeira notícia. E se o romance As Sandálias do Pescador, de Morris West, antecipou em década e meia o pontificado de Karol Wojtyla, o homem que emergiu da igreja do silêncio, a renúncia de Joseph Ratzinger era de algum modo prenunciada há dois anos num filme visionário: Habemus Papam, de Nanni Moretti.

Ficção e vida entrelaçadas, tornando ainda mais insondáveis os desígnios de Deus.

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