O seu a seu dono, pois claro
Balsemão quer que o Governo ponha os "piratas" e os "motores de busca" na ordem. A coisa parece-me sinistra - e não é só por o patrão do grupo Impresa achar que um motor de pesquisa faz "pirataria". Mas percebo a ideia: é muito mais fácil atacar o modelo de negócio de outros do que pensarmos naquilo que está errado no nosso. E, diga-se de passagem, os órgãos de comunicação do Grupo Impresa deixam muito a desejar hoje em dia. Talvez fosse boa ideia Balsemão, antes que querer extorquir dinheiro à Google (é disso que se trata), preocupar-se antes com a qualidade do jornalismo dos seus meios de comunicação social. É que no meio de Artures Baptistas da Silva, colunistas que pelo tom e pela ortografia não teriam lugar em qualquer publicação decente, biqueiradas constantes no Português (pré ou pós-Acordo) e layouts muito pouco funcionais, o jornalismo "de referência" há muito que abandonou os meios do Grupo Impresa - Expresso incluído - e rumou a parte incerta.
A alternativa mais interessante seria a Google, perante esta polémica, retirar os meios queixosos dos resultados de pesquisa. Talvez um trambolhão em termos de pageviews diárias e de trolls a infestar as caixas de comentários fizesse Balsemão perceber como funciona a Internet.