Os súbditos do FMI.
Já começam a irritar sinceramente estes ataques constantes do FMI à soberania nacional. O país não quer a transferência da TSU dos trabalhadores para os patrões e manifestou-se em 15 de Setembro contra essa medida? Pois o FMI não quer saber das manifestações e continua a insistir nela. O Tribunal Constitucional pode eventualmente considerar inconstitucional o próximo Orçamento. Pois o FMI exige ao Governo que esteja a postos para tornear o acórdão do Tribunal Constitucional. O país já percebeu que Vítor Gaspar falha sistematicamente todas as previsões orçamentais e só tem agravado a recessão? Pois o FMI exige a continuação do programa de ajustamento.
Só por piada é que alguém pode chamar a isto "ajuda" externa. O país alienou a sua soberania a uma instituição externa, a quem o Governo obedece docilmente, mesmo quando as medidas propostas arrasam completamente o país. O problema é que não é o FMI que vai a eleições. No final deste programa de ajustamento o país estará pior do que a Grécia: exangue e sem qualquer solução de Governo. Não haverá ninguém com bom senso para evitar este desastre?