A devida homenagem
Fui hoje ver a exposição sobre a carreira profissional de Nuno Portas. E fiquei emocionada, porque são cinquenta anos de um caminho pessoal muito valioso. Caminho que ele divide por sete etapas. Que começam na Arquitectura e terminam no Urbanismo.
Estas etapas correspondem, decerto, a caminhos e aprendizagens próprias. E quando o visitante olha, percorre ele também, cinco décadas da sua vida.
Sentei-me, a dada altura, a ouvir, num vídeo, o homenageado a explicar o que se pensava serem as casas da década de sessenta/setenta e aquilo que se pensa serem as casas de hoje. É uma narrativa de uma tocante singeleza, que todos podem compreender, mesmo que não sejam profissionais daquela área. Porque, afinal, todos somos seres que vivem na urbe - por isso seres urbanos - e as casas, as ruas, os sítios, condicionam a forma como vivemos.
Nem todos se dão conta, no seu quotidiano, da importância que a Arquitectura tem na vida de todos nós. Fiquei, por isso, muito contente - alguma vez havia de ser -, quando ouvi o actual Secretário de Estado da Cultura referir que este ano de 2013 seria dedicado aquela área.
Não gosto do cartaz que publicita a referida exposição. Tem muito grafismo, o que o torna, a meu ver, pouco apelativo. Mas a exposição merece uma visita atenta e é uma homenagem merecida a Nuno Portas.