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Delito de Opinião

Símiles que nunca uma mulher entenderá

José António Abreu, 30.11.12

Os olhos dela eram faróis bi-xénon iluminando a escuridão.

Tinha mamas empinadas como um chapéu do Totti.

A sua voz conseguia ser tão suave como um Aventador ao ralenti e tão agressiva como um tema do Trent Reznor. 

Respondia melhor ao toque dos dedos que um oled capacitivo.

De mini-saia e sapatos de salto alto parecia um carro desportivo com jantes de vinte polegadas.

Tinha contornos com mais polígonos do que Mona Sax ou Lara Croft e também era muito mais perigosa.

Ao fazer amor, mudava de ritmo como uma caixa de dupla embraiagem.

Amá-la era um call of duty, que ela o amasse uma medal of honor.

Domá-la era tão impensável como controlar sem mãos uma Panigale a alta velocidade.

Tinha um riso tão cristalino como o tweeter das melhores Sonus Faber.

Sabia usar o corpo de tal modo que o remetia para os clássicos da Private.

Carícias dela faziam-no vibrar mais do que o Dualshock.

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