Podiam ler as leis antes de as aprovar
A lei de financiamento dos partidos foi aprovada por todos (excepto pelo deputado António José Seguro). Acesa polémica, ao concluir-se que a lei significa um retrocesso no que deve ser a transparência do financimento partidário que, tanto quanto se sabe, pode muito bem ser um dos cancros da vida política portuguesa e um meio para o enriquecimento ilícito de alguns.
Lê-se, agora, que Manuela Ferreira Leite anunciou que o PSD está disponível para ajustar a lei, se houver interpretação de que as recentes alterações têm efeitos perversos. Assinala-se. Mas lamenta-se que os partidos aprovem leis sem que, antes, tenham o cuidado de ver até onde elas nos levam. Para, depois, as alterarem quando a turba reage.
Sei que pedir leis bem feitas nos tempos que correm é pedir muito. Mas é no mínimo exigível que os deputados saibam o que aprovam. Ou também é pedir muito?