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Delito de Opinião

Que rica vida...

J.M. Coutinho Ribeiro, 07.05.09

É claro que eu não me sentiria muito confortável se visse o nosso primeiro-ministro a andar por aí com uma roupinha mal-amanhada, que se deslocasse ao estrangeiro com um ar pindérico e, assim, nos envergonhasse a todos. Mas tudo deve ter o seu equilíbrio. E confesso que não me agrada nada saber que o nosso primeiro-ministro - o PM deste país sempre à beira do precipício - é cliente regular de uma das mais caras e exclusivas lojas de roupa do mundo, em Beverly Hills, onde só entra um cliente de cada vez, com hora marcada e todo o staff de empregados à sua disposição. 

 

4 comentários

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    João Carvalho 08.05.2009

    Deve ser livre de gastar como e onde quer? Ainda digo mais: é livre. Ponto final.

    Mas não é de mau gosto conhecer certas excentricidades das figuras que nos governam: as excentricidades é que podem ser de mau gosto. Eu, por exemplo, o que acho de mau gosto é o primeiro-ministro de Portugal ir a Beverly Hills vestir-se numa das lojas mais caras do mundo.

    Lembra-se quando se comentava que Samora Machel ia vestir-se a Paris? E também o seu sucessor, num dos países mais pobres do mundo? E José Eduardo dos Santos, enquanto os angolanos morriam na guerra civil e continuam a ver o orçamento aumentar só para alguns? E por aí fora?...

    Nada disso os impede de ser livres para gastar como e onde querem, não é? Mas faz parte do nosso escrutínio. São avaliados também por isso.

    Não ficamos incomodados com alguns luxos asiáticos no meio da maior miséria, não são chocantes alguns salários dos nossos banqueiros e administradores de empresas públicas enquanto anda a passar-se fome em Portugal, etc.? Pois é. Como eu disse atrás, faz parte do nosso escrutínio. Cada um que reflita e avalie como entender: somos igualmente livres para fazê-lo.
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    Luís Lavoura 08.05.2009

    Está a confundir o dinheiro que cada um ganha com a forma como o gasta.

    O que há de mal é o dinheiro que José Eduardo dos Santos tem, não o facto de ele preferir gastá-lo em camisas ou noutra coisa qualquer.

    O mesmo se passa com José Sócrates. Ele aufere o salário que aufere, o qual será talvez demasiadamente elevado, não sei. Mas, uma vez o salário auferido, é de mau gosto criticar ou espiolhar a forma como ele o gasta (ou aforra).

    Os gastos de uma pessoa fazem parte da sua vida privada, tal como os seus gostos sexuais, etc. Ninguém tem nada a ver com José Sócrates gastar os seus rendimentos em camisas, em prostíbulos, em restaurantes xungas, ou em night-clubs gays. Ninguém tem nada que andar a dizer o que ele faz com o dinheiro que auferiu.

    O que podemos criticar, legitimamente, é a forma como o auferiu, ou o montante que auferiu.

    Certamente que o autor do post também não gostaria que se andasse a divulgar por aí a forma como gasta o seu dinheiro.
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    João Carvalho 08.05.2009

    Não estou a confundir nada. Estou a falar de solidariedade e sumptuosidade, de moderação excentricidade, de avaliação e bom senso. É tudo.
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