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Delito de Opinião

Soares: abecedário contra a crise

Pedro Correia, 29.10.12

 

Assisti, com a atenção devida e o proveito de sempre, a mais uma intervenção pública de Mário Soares. Desta vez no programa Hora de Fecho, da RTP informação, sexta-feira à noite.

Coligi os principais ensinamentos para sair da crise que o antigo Presidente da República deixou aos portugueses nesta sua mais recente aparição televisiva. Aqui ficam vários deles reproduzidos, com a devida vénia, em forma de abecedário. Enquanto aguardo ansiosamente pela próxima entrevista, que não deve tardar.

 

AUSTERIDADE. "A austeridade não serve para nada."

BANCOS. "Como é que nós vivemos se não pagarmos? Vivemos! Não vamos morrer. Não é o caso de um país morrer assim de repente só porque não tem dinheiro... Vamos aos bancos, vamos a outras coisas... Há muita gente que tem muito dinheiro."

DEMOCRACIA. "A democracia está em risco."

ELEIÇÕES. "As eleições não interessam neste momento a ninguém num caso destes, de crise absoluta."

GOVERNO. "Este Governo está a destruir o nosso País e por isso devia demitir-se."

GRITAR. "É preciso gritar - não é só falar e escrever. E é preciso que o Governo mude."

MANUELA. "Os mais ilustres sociais-democratas, a começar por Manuela Ferreira Leite, detestam o Governo. (...) Ainda há dias disse à Drª Manuela Ferreira Leite, vi-a a sorrir para mim (já a critiquei muito no passado...): 'Ó minha senhora, eu estou a segui-la do coração porque está a dizer coisas que são absolutamente certeiras'."

NOTAS. "Basta dar à manivela das notas e pôr o Banco Central Europeu a fabricar euros para tudo se resolver de um dia para o outro."

OBAMA. "O Obama é um sinal de esperança. (...) Se há alguém que sabe de política internacional, é o Obama."

PARALISIA. "O Governo está completamente paralisado em todos os domínios."

PSD. "Os dirigentes máximos do PSD estão contra o Governo."

QUERER. "Eu para já quero que o Governo se demita."

RUA. "Os próprios ministros devem ter a sensibilidade de dizer: 'Nós temos que ir para a rua'!"

SONDAGENS. "Agora já nem é [um Governo] de maioria absoluta porque os partidos do Governo baixaram muito [nas sondagens]."

TROIKA. "Esses tipos da troika não servem para nada."

 

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