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Delito de Opinião

Calvin Coolidge e as galinhas

Pedro Correia, 21.10.12

 

Há muitas histórias – reais ou apócrifas – relacionadas com ex-presidentes dos Estados Unidos. A minha preferida tem a ver com aquele que foi um dos mais obscuros e porventura menos competentes inquilinos da Casa Branca ao longo de todo o século XX: o republicano Calvin Coolidge, que ocupou a presidência entre 1923 e 1929.

 

Ia certa vez Coolidge em visita a umas propriedades rurais, acompanhado da mulher, Grace, quando ao passarem por um galinheiro a senhora Coolidge perguntou ao proprietário quantas vezes o vistoso galo que ali se encontrava praticava sexo com as galinhas. “Dezenas de vezes, minha senhora”, respondeu-lhe o sujeito, porventura algo embaraçado com aquela súbita curiosidade feminina. “Faça o favor de informar o meu marido”, retorquiu-lhe a primeira dama.

 

Coolidge não se ficou. Tinha também uma pergunta destinada ao agricultor: “E o galo faz sempre isso com a mesma galinha?” Resposta imediata do sujeito: “Oh, não. Ele escolhe sempre uma galinha diferente.” Coolidge rematou então: “Faça o favor de informar a minha mulher.”

 

Ignoro se isto alguma vez aconteceu, mas passou à posteridade como se tivesse acontecido, o que para o caso vem a dar no mesmo. Como dizia aquela personagem do filme de John Ford, “quando a lenda se torna facto, imprime-se a lenda.”

 

Imagem: Calvin e Grace Coolidge numa varanda da Casa Branca

 

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