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Delito de Opinião

6 comentários

  • Cara Cristina: independentemente do conceito que tem sobre a tourada, não lhe parece injusto que acerca do rapaz da fotografia de Dijkstra, lhe incuta motivações geradas pela má-fé ou pela alienação? É que começa por se perguntar "o que levará" e no momento seguinte dá logo uma resposta baseada nas suas convições, sem tentar entender se as dele não serão diferentes e, proventura, cândidas. Sem a querer ofender, parece-me o exemplo acabado do preconceito. Em princípio a arte proporciona curto-circuitos nas nossas ideias adquiridas.
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    Cristina Torrão 13.10.2012

    Eu escrevi: "Devem ter-lhe, dito em casa" e, não: "Em casa, disseram-lhe". O verbo "dever" implica uma suposição, dando espaço para outro tipo de razões que ele poderia ter tido. Mas a minha suposição baseia-se na ideia de masculinidade implícita na atividade de toureiro, como já Hemingway sugeria no seu "The sun also rises", mais conhecido por "Fiesta". E não me parece que por trás da arte de humilhar um animal estejam convicções "cândidas" (uma suposição minha).
  • Não me cabendo, nem querendo, pôr em causa as suas convicções e suposições, peço-lhe só que acredite que nunca ouvirá de nenhum dos praticantes do toureio o desejo de humilhar um animal. Podem estar enganados, alienados? Claro que podem. Mas o que os move intimamente é de outra ordem, atrevo-me a dizer, moral. Rejeitável? Claro que sim; decerto que sim no seu caso e, como já terá percebido, decerto que não no meu. Mas sendo este diferendo irresolúvel, talvez fosse saudável fazer como Renoir, quando construía as suas personagens: "chacun a ses raisons".
  • Sem imagem de perfil

    Costa 14.10.2012

    Será então de admitir que é por tanto amarem aquele animal que o torturam, podendo, até à morte?

    Isso é, dir-se-ia, a máxima expressão do sádico, numa relação sado-masoquista. Alguém perguntou ao touro se quer ser o masoquista dessa relação?

    Costa
  • Caro De Costa: As suas perguntas são irrebatíveis porque já trazem as respostas lá dentro, não é? A segunda, parte mesmo de uma impossibilidade absoluta que é a de perguntar a um touro pela sua vontade.
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