O Costa do Marquês.
Já se sabia perfeitamente que António Costa pode ter vocação para muita coisa, mas não tem seguramente para ser Presidente da Câmara de Lisboa. A gestão corrente da Câmara está nas mãos de Manuel Salgado e António Costa praticamente só aparece em cerimónias protocolares ou em aparições mediáticas sem conteúdo, como quando transferiu o seu gabinete para o Intendente. O que é, no entanto, mais grave é que António Costa tem um sonho para Lisboa, que é transformá-la numa cidade de província, com poucos habitantes, onde os carros não circulem e os cidadãos andem a passear de bicicleta. Precisamente por isso o seu principal objectivo é tornar impossível a circulação automóvel em Lisboa. Já foi assim no Terreiro do Paço e agora é assim no Marquês. Ao contrário do que se julga, António Costa fica extremamente feliz quando cria o caos no trânsito em Lisboa. Para ele, os bandidos dos automobilistas deveriam era aprender a andar de bicicleta, pedalando furiosamente a subir a Avenida da Liberdade antes de ir para o emprego.
Por mim, há muito que acho que António Costa escolheu erradamente ser Presidente da Câmara de Lisboa. Deveria ter optado era por uma qualquer câmara da Beira Alta ou do Alentejo. Uma cidade pequena, com pouco mais de 1000 habitantes, seria o local ideal para impedir a circulação automóvel e pôr os cidadãos todos a passear a pé ou a andar de bicicleta. Na capital do país dispensamos estes laivos de romantismo.