Alberto Martins, a homenagem que se impõe
Terminava a manhã do dia 17 de Abril de 1969 e decorria a inauguração do Edifício das Matemáticas, na Universidade de Coimbra. Alberto Martins, Presidente da Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra pede, em nomes dos estudantes, a palavra ao Presidente da República, Américo Thomaz. Ia transmitir o sentimento geral em máximas como: "exigimos diálogo", "educação para todos" e "estudantes no governo da Universidade". A palavra foi-lhe negada, Alberto Martins foi preso pela PIDE e, horas mais tarde, a polícia de choque foi largada sobre os estudantes que faziam uma vigília pacífica de solidariedade para com o dirigente preso. No dia 30 de Abril, o Ministro da Educação Nacional, José Hermano Saraiva, acusou os estudantes de desrespeito, insultos ao Chefe de Estado e do crime de sediação. Concluiu dizendo que a ordem seria restabelecida em Coimbra. E foi, em 25 de Abril de 1974.
A minha homenagem a Alberto Martins e aos anónimos que não se conformaram. É de Homens destes, exemplos de luta pela Liberdade, que é feita a memória e a História de Portugal.
Os outros são páginas negras.