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Delito de Opinião

Divagações de Domingo que adormece

Leonor Barros, 15.07.12

Este foi um fim-de-semana profícuo em notícias que tocaram gente bem perto de mim e que por desvarios absurdos do Ministério da Educação se encontram neste momento de casa às costas depois de vinte ou mais anos de serviço. Se os professores não fossem necessários nada a fazer. O problema é que não se devem pedir estimativas quando os processos não estão terminados e com matrículas a decorrer. E coagir os Directores a assinar declarações também não me parece muito ético nem sequer decente numa sociedade que se diz democrática. A questão de fundo prende-se, contudo, com todos nós, professores, pais e alunos que verão as suas opções cortadas e não conseguirão encontrar um lugar, arriscaria a dizer aos milhares, apenas pelo mais mesquinho economicismo. Esta situação é ainda mais estranha se repararmos que acontece no mesmo ano em que a escolaridade obrigatória se estendeu até ao 12º ano. Fechando turmas de dia e de noite fica por saber onde irão estudar os alunos e os adultos que tencionem dar seguimento sério aos seus estudos, sem equivalências da farinha amparo, deus a tenha em descanso.

E já que cortam a eito e olhando, por estes dias, as clareiras de deputados nas bancadas, pergunto-me para quando a redução destes na Assembleia da República. Se não estão lá é porque não fazem falta e, como tal, podemos dispensar alguns deles, poupar nas ajudas de custo, na água engarrafada e nos menus opíparos. Se, por outro lado, a ordem é para reduzir pessoal em todo o lado então que o façamos por igual ou existem intocáveis neste país?

 

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