Para acabar de vez com a cultura? (3)
Quando perguntaram a Churchill quanto cortaria na cultura em nome da austeridade, a resposta foi esta: "Nada! Se cortássemos na cultura, o que nos faria lutar a seguir?"
Em Portugal, a verba para a cultura não chega sequer a 1% do Orçamento de Estado. Dispensamos um Ministério (bah, para que servem essas esquisitices?) e mesmo a Secretaria de Estado deve estar em hibernação prolongada, porque nunca mais deu notícias. Obcecados com a austeridade, os nossos governantes parecem não perceber uma coisa tão simples como isto: um país sem uma sólida identidade cultural e um ensino de qualidade não pode evoluir, não tem futuro. Muito menos numa Europa agonizante e dominada pelos gurus da economia. Talvez seja esta, afinal, a explicação para a nossa tão falada imobilidade: não temos por que lutar.
Nota: Eu sei, Woody, passo a vida a roubar-te os títulos. Desculpa lá o abuso.
Adenda: Nem de propósito, este impressionante desabafo que encontrei aqui. Sintomático.