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Delito de Opinião

Acordo burrográfico (fim)

Pedro Correia, 08.06.12

O acordo burrográfico chegou ao fim. Refiro-me à série que fui mantendo diariamente no DELITO desde 21 de Fevereiro, não ainda ao acordo propriamente dito. Em jeito de despedida, recordo aqui alguns dos diálogos desta série, que pode ser consultada na íntegra aqui.

 

- Quando eras pequena o que querias ser quando fosses grande?

- Arquiteta.

- Parabéns. Olho para ti e vejo que chegaste lá.

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- A sua profissão é mesmo essa?

- Sim, sou detetive.

- E não consegue encontrar o C?

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- Já estás casada?

- Vivo em união de fato.

- De facto.

- Não, de fato. Ele é alfaiate.

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- Sinto-me um mero espetador, pá.

- E ainda te queixas?

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- Que horror!

- O que se passa?

- Acabei de ver uma consoante muda!

- Onde?

- Aqui mesmo, na palavra horror.

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- Trinta e oito anos depois do 25 de Abril, o que temos?

- Temos abril.

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- Chegámos à receção.

- Eu já previa. Nunca acreditei neste governo...

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- Todos os meus heróis têm assento garantido na História. E os teus?

- Os meus herois não têm acento.

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- A senhora desculpe-me a intromissão na sua vida íntima, mas há quanto tempo não pratica o ato sexual?

- Nunca pratiquei, cavalheiro. Recuso ser atada.

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- Papá, os habitantes do Egito são egícios?

- Sim, filho. E vivem em irâmides.

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