De resgate em resgate, com a Europa a passo de caracol.
Tendo estado na semana passada em Hamburgo, fiquei com a óbvia conclusão de que os alemães estão a esgotar a sua paciência para os sucessivos resgates que os países europeus estão sistematicamente a exigir para salvar os seus bancos. Na primeira página de um jornal podia ler-se "Espanha vai precisar de um resgate. Quem paga a conta?". Agora pelos vistos, não são apenas os espanhóis que já se conformaram com o resgate, como Chipre também se assume como mais um óbvio candidato. O motivo é sempre o mesmo: recapitalizar a banca. A Grécia ainda não declarou a bancarrota e a crise já varre a Europa como um tsunami. Espere-se para ver o que será depois da bancarrota grega que, com ou sem o Syriza no governo, parece inevitável.
Em qualquer caso, está à vista a total ineficiência das instituições europeias nesta época de crise. Multiplicam-se inúmeras cimeiras europeias, mas nunca se chega a solução alguma para este problema. Está à vista que o euro se vai afundar, enquanto a Europa continua a passo de caracol.