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Delito de Opinião

A importância dos detalhes

Teresa Ribeiro, 25.05.12

Ler na Imprensa que "um ministro ameaçou divulgar na Internet dados pessoais de uma jornalista" tem um impacto tremendo. A indignação é inevitável, o escândalo previsível. Mas quando se sabe que a intenção enunciada era a de divulgar que essa jornalista vive com o militante de um partido da oposição percebe-se os contornos da contenda e já não é bem sobre inadmissíveis abusos de poder que ficamos a cismar mas sobre as vicissitudes das relações entre políticos e jornalistas. 

Hoje o Público esclarece que não fosse a jornalista em causa levar todo este caso ao Conselho de Redacção, o assunto nem teria chegado a transpirar para fora do jornal. A fazer fé no que este artigo revela, Miguel Relvas exaltou-se ao telefone, disse o que não devia, mas depois pediu desculpa. É certo que um ministro de Estado não se deve exaltar ao telefone com jornalistas, mas fazer deste incidente o seu auto de fé político parece-me manifestamente exagerado. Nunca fui fã de Relvas, mas por princípio sempre que um ministro cai, gosto que seja por razões que o justifiquem.

3 comentários

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    Teresa Ribeiro 26.05.2012

    E entretanto o juiz Carlos Moreno hoje no Parlamento disse que "há benefícios sombra" para os privados nalguns contratos das PPP, coisa de somenos, e que repercussão é que isso teve comparado com esta novela do Relvas e do Público?
    Não se entendem estes critérios jornalísticos.
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    Laura Ramos 26.05.2012

    Eis um bom exemplo... esse que dás.
    Este hábito (ia dizer truque...) de espremer tangerinas anãs até à pura exaustão é simplesmente deplorável. E os limões?... São demasiado acres para o estômagozinho dos portugueses? São.
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