Em nome da MAC, talvez... fazer
Tal como acontece com 99,78% dos portugueses que já se pronunciaram, não percebo um caraças do assunto. Isto dito, constato que têm sido produzidos abundantes argumentos e até alguns não-argumentos para defender a continuidade da MAC. No que diz aos não-argumentos, eles foram apresentados pelo Daniel Oliveira, com razoável poder de síntese, neste post. Quanto aos argumentos, agrupei-os em categorias e atrevo-me a fazer na tabela que se segue alguns comentários tão ignorantes como bem intencionados (sublinho que, em geral, as observações de outros comentadores podem ser catalogadas como ignorantes e mal intencionadas ou conhecedoras mas mal intencionados, dispensando-me neste preciso momento de tecer quaisquer considerações sobre o efeito da utilização de uma adversativa):
Isto é, se querem defender a MAC deviam perder mais tempo a estruturar argumentos para que não fosse possível a um tipo que não percebe do assunto rebatê-los com uma tabela mal amanhada. Da mesma maneira, não me parece grande trunfo comparar a situação da MAC com encerramento de maternidades em outros pontos do país. É que, no caso da MAC, a alternativa não está a mais de 50 km de distância. Significa isto que não vejo solução para a MAC? Nada mais falso. O que é preciso é dar utilidade à capacidade instalada por via do aumento da natalidade. E, basicamente, só há uma forma de chegar a esse resultado, embora nem toda a gente goste de praticar a modalidade homologada para o efeito. Mas o activismo consiste precisamente na disponibilidade para colocar a causa acima dos interesses pessoais. Por isso, rapaziada, em nome da sobrevivência da MAC (e até do SNS) o que é que deviam fazer? Pois, talvez... fazer.