Como se fosse Detroit
Biblioteca Pública
Edifícios Metropolitan e Wurlitzer
Salão de baile do Hotel Lee Plaza
São fotos de uma exposição aqui dos fotógrafos Yves Marchand & Romain Meffre, sobre a colapsada cidade de Detroit.
Em vez de cuidar dos amigos como ouro, que sendo imperecível merece todo o desvelo, tratava-os como prata da casa, da que ganha verdete e tem de ser areada e posta ao sol a corar, sobretudo quando novas amizades poderiam substituir as antigas.
Cortava assim a direito cheio das suas razões in macchina, ora por descobrir que não era suficientemente mimado, ora por anunciar que o laço se desfizera. Sem que desse ele próprio exemplo desses cuidados, declarava agir em legítima defesa e despedia em vez de se despedir. Há quem chame a isto caprichos.
Ora não há quem goste de ser colher na boca de ninguém, para mais se colhido de surpresa, assistindo impotente ao desabamento sobre a sua cabeça do que julgava ser senão o melhor dos mundos, ao menos a parte dele que fomos capazes de ajardinar.
Depois de abandonada, uma cidade fica perdida.