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Delito de Opinião

Pórticos

José António Abreu, 26.12.11

Noite do dia 25, A25. É a primeira vez que a percorro quase na totalidade desde a introdução das portagens. O identificador da Via Verde, sendo dos mais recentes, apita a cada passagem por um pórtico. Onze vezes entre a Guarda e Albergaria. Não venho com sono mas penso que, apesar de ser um tudo-nada irritante, o ruído ajuda a manter os condutores acordados. Depois, numa revelação súbita que quase me faz acelerar a fundo, percebo que o principal motivo para a existência do apito não é a segurança rodoviária, antes um exagerado sentido de decoro. Sim, decoro. Precupação com a manutenção da decência. Reparem: umas dezenas de metros antes de cada pórtico um tipo vê a placa com os preços. Dedica-se então a somar de cabeça este novo valor ao dos pórticos anteriores e, precisamente quando está a começar a emitir uma série de interjeições ou a mandar uma data de gente bem conhecida para um sítio que é uma parte da anatomia masculina, piiiiiiiiiiiiiiiiiii.

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