Senhor emigrante, ajude o Zé Manel.
José Manuel Fernandes também admite a emigração dos professores. Será porque a ideia assegura algum futuro, alguma esperança aos desempregados portugueses? Não: apenas porque lhe parece um excelente negócio para o país. Hoje exibiu no blog este gráfico só para recordar... (notem as reticências, a alegria incontida) ...o que já pesaram as remessas dos emigrantes na nossa economia:
De facto trata-se de um quadro espectacular... Em 1979, as remessas alcançaram quase 10% do PIB... Os olhinhos sonhadores do ex-director do Público brilham de ânimo enquanto medita na repetição eventual dessa extraordinária performance...
Com mais dez por cento do PIB metidos no seu banco... o senhor doutor Ricardo Salgado não teria pejo em obedecer aos exigentes critérios das instituições financeiras internacionais... O próprio senhor engenheiro Belmiro, deus o proteja, talvez poupasse um jornal de referência aos... ajustamentos necessários resultantes da conjuntura... Ele mesmo, o Zé Manel, poderia voltar a... a experimentar jipes e veículos todo-o-terreno nos suplementos da especialidade...
Com 10% do PIB acabava-se a crise, graças ao sacrifício meritório e desinteressado dos professores... Seria a glória... O progresso... A realização fulminante da utopia liberal...
Portanto, é assim.
O José Manuel está convencido de que um jovem com habilitações superiores tresmalhado em Portugal, desempregado em Portugal, escorraçado de Portugal, que finalmente refaz a vida fora de Portugal irá depositar, como os campónios de antigamente, o seu dinheiro num banco sediado em Portugal. Não lhe destruamos esta doce ilusão.