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Delito de Opinião

Crowding out

Rui Rocha, 03.12.11

Um galambista muito galamboso criou uma galamba que nem o melhor desgalambista conseguia desgalambar. Assim foi galambando, num doce galambar. E enquanto galambava, cantava canções de engalambar: galambas tu e galambo eu, galambas tu mais eu e galamba que galamba e torna a galambar. E assim galambando, fez-se galambeiro. E logo outros galambistas começaram a galambar. Com tantos galambistas, era ver qual deles galambava mais e, se virmos bem, todos galambavam por igual. E galamba que galamba e torna a galambar. E se o galambeiro galambava como galambava e os outros galambistas galambavam como ele, ali se formou um belo galambal. E galambas tu e galambo eu, e galambas tu mais eu. Havia nesse galambar coisas de esgalambar. Quanto mais o galambeiro galambava mais os galambistas galambavam com ele. E todos juntos galambando, foram ao parlamento galambar: a galambice é uma loucura que nem o melhor desgalambeiro consegue curar e galamba que galamba e torna a galambar. Um desgalambeiro veio e outro desgalambeiro também. E ao galambeiro não o desgalambava ninguém. E galamba que galamba e torna a galambar. E mais outro veio e o galambeiro a galambar. Um dia chegou o Governador do Banco de Portugal e o galambeiro foi ao ar.

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