Suspenda-se por seis meses.
Dez mil militares saíram à rua. Parece que estão fartos desta democracia que não respeita a sua condição e esperam resolver o assunto com alguma limpeza. Não são os únicos. Quando a intelligentzia europeia se fartou dos eleitores, nomeou presidentes honoríficos, repetiu referendos, delegou poderes nos excelentes políticos da França e da Alemanha e extinguiu consultas populares que considerava irresponsáveis. Quando os bancos se fartaram do Papandreu e do Berlusconi, chamaram aqueles rapazes do Grupo de Bilderberg e não se maçaram excessivamente com sufrágios.
Por isso, agora vai ser um bocadinho mais difícil explicarmos aos militares que precisamos de eleitores, de eleitos, e dessas merdas que não servem para nada.