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Delito de Opinião

RE: “Fait divers”: O atraso na ópera

Adolfo Mesquita Nunes, 31.03.09

Caro Diogo,

 

Onde é que eu digo que Sócrates começou a sua marcha inexorável para a derrota com esta vaia?

 

A única coisa que me interessou realçar é que a vaia obrigou Sócrates a repensar a sua estratégia e a duvidar do seu estado de graça. Não estamos perante uma manifestação, que tem sempre de ser planeada e organizada (ou instrumentalizada, até). Não estamos perante uma acção política da oposição que acabou em vaia. Não estamos perante uma marcha por uma ou por várias causas.

 

Estamos perante uma vaia espontânea. Que começou porque sim. Porque as pessoas tiveram vontade de o fazer, apesar do espaço em que se encontravam e da ocasião que as juntava. Num segundo, começaram a vaiar o primeiro-ministro sem que microfones o tivessem ordenado, sem que gurus os tivessem incitado, sem uma causa em particular que os juntasse a todos os outros que vaiavam.

 

Apenas isso. E não é pouco para forçar José Sócrates a perceber que algo tem de mudar, que foi o que procurei dizer no post que aqui escrevi. Mas se o PS e os socialistas acham que a vaia é coisa nenhuma e que tudo não passa, mais uma vez, de gente a mando de interesses obscuros, muito bem. Cada um sabe de si.

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