Leituras
É o género de obra que me encanta. Produto de uma investigação apurada e consistente, mas que não despreza, na sua riqueza documental, a oportunidade estética.
Não é só um livro de autor: é uma construção atravessada de sensibilidade sobre variadíssimos actores da nossa história cívica e cultural. O que exige método, bom olho, ciência e faro de caçador.
Aqui, viajamos pela história do Supremo Tribunal de Justiça, mas é a própria gesta política de Portugal que sedimenta a obra.
– Afinal, o que é da civilização sem ícones, impressões digitais das gerações, fio e meada, legados materiais?
Nada.
E tolos são os que desvalorizam estes vestígios que nos ficam.
Ainda bem que há quem, por entre outros desafios, esteja atento.
Tamanha lavra? É do nosso João Carvalho. E não preciso de tecer loas: que cada um avalie por si.
Por isso, não percam. Foi o que eu fiz. Completamente por conta própria.
– Verdade ou não, João?