Deprimidos porquê?
Este país anda um bocado deprimido, mas sem motivo. Todos os dias há notícias palpitantes que nos compensam dos choques mais duros. Vejam este título: «Derrapagem de 115 milhões em contrato de aviões militares». Digam-me lá se já tinham visto aviões a derrapar.
É certo que «os 12 aviões comprados pelo anterior executivo socialista, que se destinavam ao transporte militar e vigilância marítima, custaram mais 115 milhões de euros que o previsto — indica uma auditoria do Tribunal de Contas à Locação de Aeronaves Militares, uma empresa do grupo Empordef – Empresa Portuguesa de Defesa», com a agravante de estarmos perante uma empresa portuguesa de defesa que não só não defende Portugal e os portugueses como ainda nos vem aos bolsos.
Mas pensem bem nisto: se é verdade que «a verba daria para comprar mais cinco aviões, que ajudariam a substituir os Aviocar da Força Aérea», não é motivo de grande alegria que isto não tenha acontecido? Sim, que se fosse feito negócio para mais cinco aviões é evidente que haveria mais derrapagens e que estávamos todos a arder com prejuízos ainda maiores, muito maiores mesmo.
Andamos deprimidos porquê? Nem tudo é mau, afinal.