A justiça de caso em caso
O caso BCP esboroa-se por meras razões formais que a justiça demorou anos a ver.
O caso Portucale esvai-se até à dimensão mais reduzida, como se não tivesse havido iniciativas ministeriais no último dia de um governo derrotado nas urnas e como se não tivesse havido um ataque desmedido e apressado a uma mata de sobreiros protegidos.
O caso Isaltino já está visto que há-de prescrever, depois de ter corrido mal e de não haver qualquer sinal para repor em tempo o que lhe falta.
O caso BPN corre o risco de acabar sem haver sequer suspeitos, como se tivesse havido mãozinha de um extraterrestre.
O caso BPP já se percebeu que há-de chegar às calendas gregas sem bulir.
Naquilo que o país tornou mais visível, pela importância dos processos e dos sujeitos envolvidos, a justiça continua a encarregar-se, de caso em caso, do seu e do nosso descrédito colectivo.