Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Delito de Opinião

eduardo prado coelho

Patrícia Reis, 25.08.11

Querido Eduardo

E passou-se mais um ano.

O tempo tem sempre o condão de me surpreender.

Já não compro o Público porque me custa ver que não estás.

As boas novas são as que já sabes: a maria manuel publicou a sara k, o verão de todos os silêncios, pela Planeta. Uma capa linda, um lançamento emotivo com várias leitoras (todas nós a invejar a bela voz da Filipa Leal, mas enfim, sabes como é a inveja das mulheres, quando não é má, é de admiração saudável). É um belo livro.

A MM tem uma história para desembrulhar e estamos juntas raras vezes, mas estamos sempre perto. A Inês continua na sua saga na Casa Fernando Pessoa, uma máquina de ideias e iniciativas e a nossa senhora dos milagres, já que dinheiro, como calculas, nem vê-lo. O Francisco José Viegas é novo secretário de estado da cultura - foi-se o ministério - e o Passos Coelho faz as vezes de PM. O ministro que comentarias seria o Paulo Portas que ficou com o MNE. Novidades literárias além da MM? Temos o livro de vida da maria teresa horta, as luzes de leonor, sobre a Marquesa de Alorna, a sua penta avó e uma lista infindável de livros novos, livros de desconhecidos, livros de vedetas de televisão, livros de vedetas de futebol, livros de pessoas que se acham (como se diz no Brasil) e livros de pessoas maravilhosas.

Terias muito para dizer e para escrever sobre tudo isto. Sei que é estúpido contar-te todas estas coisas porque estás num sítio onde as sabes, porventura, antes de mim e com mais pormenores, picantes ou não.

Uma coisa é certa, as saudades apertam os corações de todos os que te querem bem. Desculpa se uso o verbo no presente, para mim estás sempre aqui. Não consegui ainda eliminar o teu número de telemóvel e a MM diz que o tem com ela. Por isso mantenho essa ligação. Estranho? É um certo consolo. Preciso disso. Conclui que precisamos todos, alguns, e que já não existem ideias proibidas, pensamentos reservados.

Tudo é possível. Mais uma vez, regresso à ideia do bem e do mal, ideia que acarinhas, decerto, mesmo que de forma infantil. A infantilidade também mora comigo. 

Juntaram-se a ti alguns, terás companhia e histórias para partilhar.

Onde quer que estejas não deixes de te rir da vida mesmo na morte. A vida só tem graça quando se sabe olhar para ela. Como tu sabes. Um beijo P

1 comentário

Comentar:

Mais

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.