Reflexão do dia
«Qualquer indivíduo dos 16 aos 30 anos, do mesmo modo que usufrui de reduções no Inter-rail, deveria passar seis meses ou um ano cumprindo [um] serviço comunitário, seja num hospital, num município, na polícia ou na administração. Estão de acordo?
(...)
As pilhagens de Londres não foram obra de jovens protestando contra a perda de benefícios sociais. Isso não pega quando nos apercebemos dos brinquedos caros de alguns rapazes (Blackberrys e iPhones). Também não vieram de grupos raciais marginalizados. Muitos dos desordeiros não só não pertenciam a minorias raciais, como atacaram precisamente pequenos lojistas paquistaneses e indianos. E podíamos continuar até que não restasse uma única das explicações sociais com que fomos presenteados nos últimos dias.
(...)
O serviço comunitário obrigatório traria várias vantagens. Primeiro, poderia diminuir os níveis de desocupação e desemprego destes jovens. Segundo, socializaria esses jovens com outros, provenientes de outros meios. Terceiro, poderia incutir valores de disciplina, entreajuda e responsabilidade. Quarta, ajudaria as famílias, muitas delas monoparentais, que não conseguiram ou não puderam educá-los.»
Pedro Lomba, no Público