Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Foi dando gás enquanto pôde a Passos Coelho. Depois atreveu-se a dizer aos portugueses, no melhor do seu estilo demagógico-populista, que com ele na Presidência os mercados olhariam para nós de outra forma. Ele era a garantia que o País precisava para sair do atoleiro em que estava. Entretanto, o PEC IV foi chumbado, fomos para eleições, o líder do PSD multiplicou-se em contactos internacionais, apadrinhou cartas em inglês para acalmar os mercados, e como 85% dos portugueses votaram nos partidos que subscreveram os acordos com a UE/BCE/FMI, isto agora ia tudo andar sobre rodas. Depois veio o novo Governo, cheio de craques reconhecidos internacionalmente, e o programa de Governo que vai pôr ordem nas contas públicas e restituir aos portugueses o respeito e a credibilidade internacionais. Com ou sem corte no subsídio de Natal, a resposta dos mercados, essa entidade tão venerada pelo senhor primeiro-ministro e pelos economistas do Governo, veio da forma mais brutal. Um anúncio no New York Times e outro no Financial Times dizendo que o lixo é reciclável é capaz de fazer mais por nós do que acusar os senhores da Moody's de "terrorismo".
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.