Braga como exemplo de um socialismo de última geração
Longe vão os tempos em que o poder socialista, no país ou nas autarquias, era conotado (shame on you, gentinha mal intencionada) com o despesismo na gestão (imagine-se!) e com o favorecimento de grupos (incrível, não é?). Pois bem, se os governos de Sócrates acabaram definitivamente com esse mito, pela marca de transparência e competência que imprimiram na gestão do país (uma marca difícil de apagar como são difíceis de tirar as nódoas da fruta), ao nível autárquico alguém se destaca na aplicação de um novo modelo de socialismo científico. Falo de Mesquita Machado, o Presidente da Câmara de Braga. E digo que o modelo é novo porque MM só está no poder há trinta e tal anos e que é científico porque bate certo (e com força). Sempre pronto a aliar a protecção dos mais carenciados com a indispensável iniciativa privada, o executivo camarário bracarense autorizou a situação que faz capa no JN. O leitor mais desconfiado poderá questionar o facto de a dita rua dar acesso a uma praça em que está situado um bar que é explorado pelo filho de MM. E de a receita do bilhete de entrada na rua reverter a favor desse bar. Mas, aqui, caro leitor, tenho que adverti-lo com frontalidade. Este tipo de socialismo é inclusivo. E não podia excluir o espírito empreendedor do filho do autarca, pois não, caro leitor?