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Delito de Opinião

Quem fala assim não é Constâncio

Rui Rocha, 20.05.11

Tal como se pode ler aqui, e de acordo com o relatório anual ontem publicado pelo Banco de Portugal, foi o adiamento, em 2010, da correcção dos desequilíbrios orçamentais e externos da economia portuguesa - incluindo défices públicos acima do esperado - que fizeram com que Portugal ficasse exposto a uma avaliação negativa por parte dos mercados financeiros internacionais:

  • "Os investidores internacionais singularizaram a economia portuguesa principalmente em função do elevado nível de endividamento externo e do baixo crescimento tendencial, em conjugação com níveis do défice e da dívida pública relativamente altos e superiores ao esperado".
  • "(...) estes desenvolvimentos contribuíram para avolumar os receios dos investidores internacionais sobre a sustentabilidade das finanças públicas e sobre a dinâmica intertemporal da dívida externa, tornando inadiável o pedido de assistência financeira internacional".
  • "Em 2010 foi de novo adiado um ajustamento significativo dos desequilíbrios da economia portuguesa com (...) insuficiente consolidação das finanças públicas e (...) com uma política orçamental apenas ligeiramente restritiva".
  • "As medidas de consolidação importantes foram implementadas apenas a partir de meados de 2010, tornando limitado o seu impacto".

Ou seja, não só chegámos a 2010 com desequilíbrio orçamentais e externos (importa recordar quem esteve no governo nos últimos 6 anos) como, perante a crise internacional, foi adoptada a atitude errada pelo executivo liderado por José Sócrates. A realidade, sem eSPINhas, é esta. O resto é conversa para boy dormir.

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