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Delito de Opinião

Candidatos "Finibanco"

Sérgio de Almeida Correia, 19.05.11

Um é candidato a primeiro-ministro. O outro é deputado e recandidata-se nas listas do PSD. Os dois somam décadas de intervenção política e dezenas de campanhas. Em matéria de governação podem ter uma experiência igual a zero, mas na manhosice da política são ambos doutorados e por isso já chegaram até onde chegaram.

 

No entanto, muito embora toda a gente no local e os que estavam em casa se tivessem apercebido pelas imagens que viram na televisão, nem o candidato a primeiro-ministro, nem o deputado, nem o regimento de jotinhas e de serventuários locais que os acompanhou na excursão algarvia de ontem, se importou com o facto de Passos Coelho ter andado em pré-campanha abrigando-se da chuva com um guarda-chuva azul, segurado pelo Dr. Mendes Bota, com umas letras garrafais que juntas formavam a sigla "FINIBANCO". 

 

Passos Coelho já disse não ter qualquer ligação à banca, mas lá porque o povo diz que "a cavalo dado não se olha ao dente" isso não quer dizer que se aceite tudo.

 

Sei que estamos em maré de poupanças e que para o Dr. Mendes Bota isto são coisas sem importância. Como os tempos verbais ou as vírgulas. E quanto ao candidato Passos Coelho também já sabemos que é um avarento que não gasta dinheiro nem para comprar prendas no Natal para as filhas. Mas, que raio, será que o que o PSD e o país lhes pagam não dá para comprarem um guarda-chuva? Ao menos podiam ter pedido emprestado ao Dr. Catroga.

 

A Administração do Finibanco deve estar encantada com o serviço prestado e já estará a preparar a remessa de mais uns quantos guarda-chuvas (e já agora t-shirts) para oferecer ao Dr. Bota. Mas não deixa de ter sido uma sorte que a oferta não tivesse sido do BPP ou do BPN. É que aí as conotações poderiam não ser tão "simpáticas" para os candidatos.

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