Agora vou ali e já volto
De vez em quando tenho de partir. Para manter a sanidade. E poder esquecer-me dos problemas que o Cardozo e o Roberto criam ao Jesus, do sofrimento das quatro cadelas de Pedro Passos Coelho - enfiadas num apartamento em Massamá -, dos dislates que transitam para o "sector público" do camarada Lello - mais um "infoexcluído" por falta de domínio de uma ferramenta tão simples e imprescindível como um "Blackberry" -, da chatice que é não terem convidado D. Duarte de Bragança para a boda do "Wills" e da "Kate" ou das dificuldades com que o prof. Leite Campos se teria de confrontar para pagar a conta do supermercado se prescindisse, numa altura de tantos sacríficios, da reformazita que recebe pelos seis anos no Banco de Portugal e que todos os meses vai parar à conta dele a partir do bolso de todos nós.
De vez em quando é preciso pensar longe. Ver a partir de uma outra perspectiva. Para que possamos sentir que ainda somos parte do que está perto.
Nos próximos dias vou percorrer a Anatólia Central. E ler Gonçalo M. Tavares num ambiente adequado. Pode ser que quando regressar tenha a sorte de encontrar um país mais sensato.