O circo veio a nós!
O Governo dos socialistas, sempre que tem de agir, opta por sacrificar os desprotegidos. Mal ou bem age, assume uma posição e tem coragem, concordemos ou não.
Os sociais-democratas querem liberalizar os despedimentos e privatizar a saúde e a educação, fazendo Eduard Bernstein dar voltas na campa.
A extrema-esquerda supera as suas divergências históricas e dá as mãos. Para depor, claro.
A mesma extrema-esquerda abraça alegremente os sociais-democratas, os tais que não reconhecem o Pai, bem como os democratas-cristãos.
Os democratas-cristãos, que passaram o fim de semana a trautear Borrow dos Silence 4, caem nos braços dos sociais-democratas e da extrema-esquerda.
Todos juntos chumbam o Plano de Estabilidade e Crescimento dos socialistas. Porque alguma coisa devia ser feita de outra forma? Não! Porque sim. Propor alternativas é complicado porque o eleitorado, que parece confiar tanto neles como nos que já lá estão, pode não gostar.
O Governo dos socialistas demite-se, sem surpresas.
-
Há uns tempos 189.091 saíram de casa num dia de chuva para votar em José Manuel Coelho, um candidato anti-sistema.
Nesse mesmo dia de chuva 191.284 saíram de casa para votar em branco e 86.581 para votar nulo.
5.164.175 nem de casa saíram.
Há duas semanas 4 tipos resolveram brincar às redes sociais e 200.000 marcharam, espontaneamente, pela Avenida da Liberdade e no resto do país porque estão "à rasca".
Só oiço os comentadores a falar no Governo e na oposição. Passos Coelho acha que tem uma auréola e não percebe que ninguém o vê, convictamente, como solução para nada, nem para substituir os tais "socialistas". A extrema-esquerda continua fechada no "não governamos". Portas ainda não falou.
Serei eu a ler mal a questão ou o problema é exactamente a falência do actual sistema e dos seus rostos, aquilo que todos parecem perceber e de que ninguém fala?