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Delito de Opinião

Sabia que... (66)

João Carvalho, 20.02.11

... o novo Mercedes-Benz Maybach 62S é a nova coqueluche dos meios em que os ricos pagam a crise e ainda lhes sobra muito? Nem mais: nos EUA custa perto de meio milhão de dólares e em Hong Kong atinge o dobro (oito milhões de dólares de Hong Kong, em que metade é o imposto de luxo). Isto são valores do carro sem qualquer um dos diversos extras opcionais. Só em Hong Kong, o concessionário da marca vendeu em oito meses as 60 primeiras unidades disponíveis e tem uma lista de espera para mais oito meses de entregas.

O 62S (62 pelos 6,2 metros de comprimento e S de special) foi lançado para disputar o mercado de topo com o Rolls-Royce Phantom e com os Bentley Arnage e Flying Spur, mas os seus doze cilindros (V12 de 5,5 litros) e jantes de 20 polegadas permitem-lhe chegar dos 0 aos 100km/h em 5 segundos (menos um segundo do que a maioria dos carros desportivos luxuosos, o que é obra para uma limousine) e atingir a velocidade máxima de 250km/h. Entre as 18 cores possíveis, o grande sucesso é o new Bahamas blue (um azul-céu escuro).

Por dentro, a coisa oscila entre o salão de estar e o quarto de dormir: couro de primeira, mesas e mini-bar escamoteáveis, lugares traseiros idênticos às cadeiras de primeira classe dos aviões comerciais com 84,5 centímetros de espaço para as pernas, assento traseiro reclinável até ficar quase horizontal e apoio suplementar para as pernas, mesa-de-cabeceira, perfumador de ambiente à escolha no ar-condicionado, sofisticados sistemas de navegação, duas TV LCD com controlo remoto, equipamento de som de 21 saídas com a qualidade de uma sala de concertos, tecto opaco ou transparente à escolha do momento e tudo o mais que se queira.

Em Portugal, por ser um costume que se reforça em tempos de crise, o Governo não deve tardar a encomendar este novo Mercedes topo-de-gama. O Governo e a Águas de Portugal, é claro. Até para servir de exemplo à opção por carros eléctricos: o Maybach não sai do sítio sem ter uma bateria. Portanto, deve ser eléctrico.

2 comentários

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    João Carvalho 21.02.2011

    Eheheh...
    Se há dois na sua rua em Macau, torna-se fácil perceber que haja pelo menos dezenas em lista de espera em Hong Kong.
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