Silêncios reveladores na candidatura de Defensor de Moura
Defensor de Moura é um candidato presidencial a que sobram causas, lutas e bandeiras. Tantas são que não ouso sequer enumerá-las. Isso tornaria este post demasiado longo. Por outro lado, correria o risco de esquecer alguma. Sendo todas tão fundamentais, tal constituiria uma tremenda injustiça. Agora, não posso passar em claro que existe uma causa que Defensor invoca mas, na prática, não defende. Refiro-me à protecção dos animais. A pulga (que também deve ser protegida apesar de ser irritante) já me tinha ficado atrás da orelha aquando do vergonhoso despedimento da Águia Vitória. Não ouvi de Defensor uma palavra, numa situação em que se impunha que jogasse ao ataque. Acaso o candidato questionou os fundamentos da decisão? Inteirou-se sobre a existência de justa causa? Nada. Não mexeu um grão de alpista. Pareceu-me logo que esta coisa dos animais trazia água no bico. Todavia, como tenho propensão a acreditar em quem afirma ser o melhor amigo dos animais, incluídos nestes os que pagam realmente SCUTS que dizem virtuais, levei a coisa à conta de distracção. O homem estaria embrenhado noutras touradas. Hoje, todavia, não posso deixar a coisa em claro. Num momento em que nós, os leões, vivemos uma crise de dimensões bíblicas sem que se vislumbre uma arca, uma caixa ou um Banco onde nos possamos abrigar do dilúvio, Defensor não nos dirige uma única palavra de alento e conforto? É intolerável que nos deixe sozinhos, órfãos que estamos do Foissencourt. Perante isto, concluo que a defesa dos animais não encontra no candidato um Defensor empenhado. Trata-se de pura demagogia. Defensor devia saber que quem quer ser lobo ibérico tem que vestir a sua pele. Felizmente, restam todas as outras inúmeras causas de que é Defensor (poderia ter escrito 'de que Defensor é defensor', mas isso tornaria o post muito defensivo e hoje é um dia em que não me apetece falar mais em defesa, muito menos em meio-campo ou em ataque). Voltarei ao assunto logo que me lembre de alguma dessas causas. Por agora fica este protesto, sendo que mais vale um pássaro na mão do que dois a voar. Se for para fazermos festinhas ao pássaro que temos na mão, claro.