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Escrevi ontem, antes de conhecido o vencedor, que Mourinho era o dono legítimo da Bola de Ouro 2010. Regresso ao tema para salientar alguns aspectos que considero justo destacar na atitude de Mourinho durante e depois da cerimónia de entrega do prémio:
a) falou em português, assumindo o orgulho que tem em ser um cidadão do mundo com origem e nacionalidade portuguesas. Que diferença relativamente a quem teima em exprimir-se em portunhol, em espanholês ou em inglês técnico;
b) valorizou os jogadores presentes que trabalharam com ele, cumprimentando-os um a um antes de receber o prémio, e incluindo os restantes nas suas palavras;
c) referiu-se expressamente àqueles que o amam, atribuindo-lhes importância decisiva nas suas conquistas;
d) valorizou o trabalho como aspecto indispensável do sucesso.
e) após a cerimónia, reiterou o seu orgulho em ser português, deixando bem claro que a utilização do português não foi um acaso ou um pretexto.
Estes momentos valem o que valem e têm sempre o seu quê de circunstância e encenação. Mas, a atitude de Mourinho merece ser elogiada. Num momento de consagração, propenso à exploração do umbigo, afirmou as suas origens, partilhou o sucesso com os que o ajudaram, valorizou os afectos e salientou o esforço e a dedicação. Apresentou-se como homem integral que não confunde o ponto de chegada, efémero por natureza, com a permanência do caminho. Pelo prémio, pela atitude e pelo exemplo que esta constitui, com a mesma franqueza que utilizo quando o critico, digo Bravo Mourinho!
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