2011 e Nós

- Nada há de mais deprimente do que um ano de dificuldades pré-anunciadas? Um rol interminável de privações pessoais, desistências nacionais, sofrimento social?
Pois eu digo: - Não há nada de mais enervante!
Talvez possamos reencontrar o sentido da cidadania. Talvez a sociedade civil acorde.
Talvez possamos refundar a democracia, em vez de lhe lavrar o epitáfio. Talvez tenhamos uma oportunidade única de exigir mais da acção política e dos próprios políticos.
Talvez aqueles que têm mais a dar ao país do que a receber deixem de se esconder, e de temer trocar a sua honra pela participação na coisa pública.
Depende de cada um de nós, independentemente da responsabilidade dos outros.
E isto não é retórica. É puro bom senso.
Não se deprimam: - Enervem-se!
E tenham um bom ano.