O debate.
Luís M. Jorge, 30.12.10
Que Manuel Alegre nada tem na cabeça é uma revelação tardia para quem acompanhou as anteriores incursões do bardo na alta política. A estratégia da candidatura — defender a pátria da fúria dos mercados, resguardar o estado social — nem era má; mas exigia alguém que a executasse com talento. O perfil do candidato — uma alminha impoluta, um independente do PS — tinha sentido, mas dispensava a incarnação de um poetastro oco e egotista.
Havia mais gente adequada à estratégia e ao perfil? Havia, pois.