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Delito de Opinião

Uma história inacreditável

Ana Margarida Craveiro, 28.12.10

Longe vai o tempo em que as empresas punham e dispunham dos consumidores portugueses. Depois de nos arrastarmos na cauda da lista dos consumidores que assumem os seus direitos (durante muitos anos, comíamos e calávamos, que o livro de reclamações é uma coisa muito séria), surgem pessoas como a Maria João Nogueira, a demonstrar que o acto de compra não se limita a dar dinheiro em troca de um bem. Há um contrato, que deve ser cumprido pelas duas partes. As empresas têm obrigações, e deveres perante a lei. Quando falham, tentar calar o consumidor que reclama é capaz de não ser a atitude mais inteligente. Particularmente na era da informação ilimitada (blogues, redes sociais, etc.). Se os Estados têm lições a tirar do caso Wikileaks, também as empresas como a Ensitel têm uma lição a retirar desta vergonha que a Maria João descreve: é que o mau tratamento dos clientes pode ter consequências bem mais nefastas para a empresa do que a perda de um só cliente. Bem-vindos ao mundo em rede.

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