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Delito de Opinião

25 de Abril?

jpt, 18.04.24

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Desde há anos que venho resmungando com isto da extrema-esquerda se abespinhar em reescrever a história nacional, afirmando que urge - para nosso actual e futuro bem - dissecar os "mitos" e apear os "heróis". No fundo olham o nosso real como se os Albuquerques, Afonso e Mouzinho, e seus pares sejam frenéticos "influencers" digitais a moldarem anseios e modos destas novas gerações.

Interessante, ainda que nada surpreendente, é que nada se preocupam com o dissecar das "narrativas" sobre "mitos" e "heróis" do passado muito recente. Viu-se bem isso quando morreu Saraiva de Carvalho: ao pequeno nicho sobrevivente de esquerdistas sanguinários associou-se um coro de carpideiros burguesotes, tantos deles bem instalados neste "Estado Social" capitalista, e muitos "revolucionários de beca" - esses que julgam ficar-lhes bem diante dos alunos "ser de esquerda".... Todos eles interromperam o afã microscópico da denúncia das malevolências cometidas por Diogo Cão pós-Bojador e seus próximos. E trataram de entoar loas ao "Otelo", falsificando a história d'agora, escondendo a biografia assassina do traste contemporâneo. No máximo, com a desfaçatez da desonestidade intelectual, concedendo que o miserável era algo "ingénuo"... Enfim, uma mole de gente falsária e negacionista. Que muito lesta era (e é) em chamar "fascistas" ou, pior, "neoliberais" aos que não só repudiam o tal Saraiva de Carvalho como as aldrabices dos seus adeptos serôdios.

Em tempos deixei um postal, a tentar explicar a quem os sofre que existe uma diferença entre o tal "Otelo" assassino e todos os outros nomes políticos com alguma relevância.

Enfim, três anos passados e temos o cinquentenário da revolução de 74. 50 anos deveria ser suficiente para análises ponderadas. Mas não, continua o seguidismo à narrativa falsária, adepto dos assassinatos em democracia. Disso exemplo é a peça feita por Maria José Garrido, transmitida no Jornal Nacional da TVI, que falsifica a história de Otelo Saraiva de Carvalho, elidindo a sua vertente terrorista. Na sua página no Facebook Manuel Castelo-Branco disseca a reprodução dessa mitografia que vai sendo reproduzida sem qualquer pudor.

E que dirão os revolucionários de beca?, os activistas analistas? Aplaudirão Otelo, para a semana descerão "a avenida" entoando vivas ao morto Saraiva de Carvalho, abraçarão os anciãos enverhoxistas, maoístas, trotskistas, guevaristas, brejnevistas - que se tivessem tido hipótese lhes teriam dado tratos de polé, literalmente falando.

E depois irão de férias para os países do "neoliberalismo", do "fascismo". Onde até têm os filhos, a estudar, a trabalhar. A viver. Bem!

O problema de Portugal não é, nunca foi, "o povo que lava no rio". Nem as elites que dissipam o "ouro do Brasil". É mesmo esta tralha. A que chamam, agora, "classe média".

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