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Delito de Opinião

Parceiros para o tango, ao centro

Pedro Correia, 09.11.10

Eu bem dizia. Aí estão os primeiros apelos oriundos das fileiras socialistas à formação de um bloco central, com esta ou outra designação. Em declarações à TVI, ontem à noite, Vítor Ramalho falou da "necessidade de um acordo estratégico, a médio prazo", entre o PS e o PSD. Diluindo as fronteiras entre governo e oposição. E, em entrevista ao Diário Económico, António Vitorino - uma das raras personalidades com pensamento estratégico no partido de José Sócrates - deixa bem clara a sua posição, na mesma linha. Dizendo isto: "Neste momento o País tem de encontrar a capacidade de se unir e convergir numa plataforma comum para responder aos problemas." E mais isto: "O Governo vai ter de dialogar e dar passos para estabelecer pontes com o maior partido da oposição. (...) O PC e o BE não têm préstimo nem relevância governativa, as suas posturas políticas tornam-nos marginais em relação a qualquer solução de governo. Isso obriga o PS a ter o PSD como único interlocutor para uma estratégia deste género."

No PSD não falta igualmente quem pense desta forma, como o recente discurso parlamentar de Manuela Ferreira Leite deixou transparecer. Em pano de fundo, enquanto avalista supremo desta fórmula política, figura o Presidente da República. Aqueles sociais-democratas que já fazem cálculos eleitorais para 2011 prevendo que Cavaco Silva dissolverá o Parlamento podem esperar sentados...

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