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Delito de Opinião

Até quando?

Pedro Correia, 27.10.10

 

"Este Governo falhou rotundamente na gestão economico-financeira. (...) Este PS e José Sócrates merecem, de facto, o chumbo do Orçamento. O País é que não merece."

António José Teixeira, SIC Notícias

 

"Não sei o que vai fazer Pedro Passos Coelho mas à medida que vou conhecendo o Orçamento, feito com raiva e total falta de cuidado, e que vou percebendo o que se tem passado nas contas públicas nos últimos anos e no banquete em que se transformou o dinheiro dos contribuintes para alguns grupos, cresce em mim a dúvida se não seria melhor inviabilizar o Orçamento."

Helena Garrido, Visto da Economia

 

Ouço na TV, esta noite, o ministro das Finanças dizer que não pode "aceitar um acordo qualquer" para viabilizar o Orçamento de Estado. O mesmo ministro que em 2009, ano em que se disputaram três eleições, aceitou irresponsavelmente aumentar 2,9% os salários dos trabalhadores da função pública e diminuir o IVA de 21% para 20%.

Convém que este senhor - e aquele que ainda lhe dá ordens, cada vez mais isolado - perceba que é possível enganar algumas pessoas durante todo o tempo e toda a gente durante algum tempo mas é impossível enganar toda a gente durante o tempo todo. A propósito, recordo um artigo de um célebre pensador português contemporâneo que deu muito que falar em 2004, também nesta estação do ano em que costuma cair a folha. Passo a transcrever o essencial desse actualíssimo artigo, com a devida vénia ao seu inspirado autor: "Por interesse próprio e também por dever patriótico, cabe às elites profissionais contribuírem para afastar da vida partidária portuguesa a sugestão da lei de Gresham, isto é, contribuírem para que os políticos competentes possam afastar os incompetentes. Recordo que Portugal, desde 2001, tem vindo sistematicamente a afastar-se do nível de desenvolvimento da vizinha Espanha e da média da Europa dos quinze e que esta tendência irá manter-se no futuro, de acordo com as previsões para 2005-06 recentemente publicadas pela Comissão Europeia. Até quando?"

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