O comentário da semana
«São os arregimentados que fazem o regime. As leis têm como propósito a legitimidade do poder arregimentado.»
Do nosso leitor que assina "O Gajo". A propósito deste texto do Luís Menezes Leitão.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
«São os arregimentados que fazem o regime. As leis têm como propósito a legitimidade do poder arregimentado.»
Do nosso leitor que assina "O Gajo". A propósito deste texto do Luís Menezes Leitão.
Uns glorificam-se, outros choram e lamentam-se e há aqueles que se posicionam, depois de um deplorável e degradante processo, onde ninguém esteve bem. Dos defensores do "status quo" estilo norte-coreano aos "challengers" que cobardemente nunca verdadeiramente o são, passando pelos intelectuais e "notáveis" que tiveram uma espécie de revelação e mudaram de agulhas, tudo foi muito mau. Os dementes chamam-lhe "golpe", já aqueles que estão inebriados pela ilusória vitória, chamam-lhe "democracia". A verdade é que pouco importa o lado do lamaçal, é tudo gente sem elevação e verticalidade, cidadãos pouco recomendáveis. O que se leu, o que se viu e o que se ouviu, sobretudo daquelas pessoas que se têm em conta como seres esclarecidos e sábios (e algumas com responsabilidades na sociedade), é revelador de como as nossas pseudo elites rapidamente embarcam na sua própria vaidade em direcção ao disparate. A contribuir para este espectáculo de cabaret esteve a comunicação social, com o seu jornalismo e comentário de sarjeta. Dizem que as elites acabam por ser um reflexo do povo. Mas será mesmo assim? Curiosamente, quando se convive com o cidadão comum, aquele que todos os dias apanha o comboio às oito da manhã no Cacém para entrar ao serviço, fica-se com a sensação de que uma grande maioria do povo se esteve literalmente a marimbar para uma querela intestina, estilo bizantino, entre Alvalade, as redacções e os "índios" das redes sociais. Deixa-se à reflexão...
Este pensamento acompanhou o DELITO durante toda a semana