O FC do Porto ameaça não comparecer ao jogo com o Sporting para a Taça da Liga, na próxima quarta-feira, se nesse dia o Benfica não jogar também a sua meia final, por inexistência de decisão do Conselho de Justiça quanto ao recurso apresentado pelo Belenenses.
É uma medida compreensiva por parte da Direcção dos Dragões, que se sentem injustiçados, por partirem em situação de grande desigualdade para o jogo do próximo domingo com o SLB.
Tenho a certeza, porém, que nada disto sucederia se não existissem antecedentes. Ricardo Costa, o inenarrável presidente da Comissão Disciplinar da Liga, continua a sua cruzada contra o FC Porto, mesmo depois de o Tribunal Constitucional ter rejeitado as suas pretensões de se subtrair às decisões do Supremo Tribunal Administrativo que considerou as punições aplicadas no âmbito do processo Apito Dourado feridas de ilegalidade.
O Conselho de Justiça, depois das rocambolescas cenas do Verão passado, continua a ser uma “troupe” de bacanos que reúne quando lhe dá jeito, ou não tem mais nada para fazer, marimbando-se para o facto de atropelar constantemente a verdade desportiva.
Gilberto Madail continua a dizer que se vai embora, mas ninguém o arranca do lugar e Vítor Pereira soma descontentamentos entre os clubes, face à sua actuação à frente da Comissão de Arbitragem.
Entretanto, lá por fora, o desbocado Platini parece ter-se remetido ao silêncio depois de o Jury d’Appel ter escarnecido das suas profecias de Salvador da Pátria, mas o presidente da FIFA – o sempiterno sr Blatter- vai lançando umas achas para a fogueira a propósito das candidaturas ao Mundial de 2018. Depois de ter enaltecido a candidatura conjunta de Portugal e Espanha, veio dar o dito por não dito e ameaça rasgar as candidaturas conjuntas, em detrimento das candidaturas individuais.
O sr Blatter e toda a corte de aduladores profissionais estão a matar o futebol. Por incompetência, e por estarem totalmente alheados do mundo que os rodeia, onde a união entre os povos é sempre vista como sinal de esperança. Nem que seja, apenas, enquanto uma bola a rolar sobre a relva empolga multidões. Por que razão não se vão todos embora?