A ver o Mundial (14)
Os especialistas
Andaram a "vender-nos" a Argentina, que iria arrasar tudo e todos. E a Costa do Marfim - selecção-maravilha de África. De caminho, apostaram na Itália, "como sempre acontece". Resignaram-se depois a vaticinar o triunfo do "imbatível" Brasil de Dunga. E, enfim, garantiram que o Mundial seria dos alemães, graças ao seu "poderio atlético" e à sua "incomparável disciplina táctica". Raras vezes os ouvi mencionar a Espanha entre os favoritos. Nem vaticinar, como técnico vencedor, o "velho" Vicente del Bosque (quase com 60 anos), casmurro e obstinado, que teimou em não seleccionar o "astro" Senna, em deixar Silva no banco e em manter na defesa o "inábil" Puyol, que "toda a gente sabia" ser um jogador cheio de insuficiências.
São os especialistas em futebol cá do burgo. Falam e falam e falam e falam. Mas teimam em não acertar. A Espanha qualificou-se hoje para a final, que disputará com a Holanda. Com um golo de Puyol, mais "inábil" que nunca.
Alemanha, 0 - Espanha, 1


