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Delito de Opinião

Ódio velho não cansa

Pedro Correia, 09.06.10

 

O ódio primário aos judeus gera textos como este. Que tem apenas o mérito de ser escrito sem qualquer máscara politicamente correcta: cada parágrafo, cada frase, cada palavra limitam-se a escorrer ódio indisfarçado, ódio em estado puro. O autor chama-se Carlos e é de extrema-esquerda. Mas podia chamar-se Jean Marie e ser de extrema-direita. Os extremos tocam-se, unem-se, complementam-se, nutrem-se mutuamente do ódio ao judeu, que por vezes chega camuflado com a capa de uma certa modernidade mas é velho como o mundo: "E porque é que nós humanos temos de tolerar a existência de um estado que nunca fez outra coisa em 60 anos de existência se não violar todas as regras mínimas da convivência humana??", dispara o autor, na sua prosa canhestra. Ora aqui está uma frase que poderia ser subscrita pelo líder histórico da Frente Nacional francesa, para não recuarmos a outros políticos de outras épocas, com e sem bigode.

Achei significativa a necessidade que o autor sentiu em sublinhar que é "humano". Lendo o que escreveu, certamente haverá quem tenha as maiores dúvidas.

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